domingo, 5 de junho de 2011

Hoje, ao vasculhar o google encontrei essa entrevista que dei no ano passado, em maio. O texto foi publicado no blog do programa Fala Rondônia, da Rede TV! como forma de homenagem de meus caríssimos colegas pela ocasião do mês das mães. Interessante como somos mutantes. Hoje, um ano depois, acho que muito de mim já mudou.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

UM POUCO MAIS DA NOSSA REPORTER RAQUEL GONÇALVES

COMO FOI A NOTICÍA DE SABER QUE ESTAVA GRAVIDA PELA SEGUNDA VEZ?

No primeiro instante chorei muito porque fiquei com medo, por mim e pelo bebê, já que minha primeira gestação tinha sido de risco. Eu não poderia ter mais filhos. Mas, depois entendi que aquele ser menor que um grão de feijão (era mais ou menos desse tamanho que ela era quando eu descobri a gravidez) era um milagre que nasceria. Eu engravidei usando dois métodos anticoncepcionais considerados bastante seguros, e se eu concebi diante de tanto cuidado, ela só podia vir com saúde e tranqüilidade. Então, eu me tranqüilizei e comecei tudo de novo. Eu não planejei minha gravidez, mas ela foi muito desejada.

COMO VC VÊ A IMPORTANCIA DA AMAMENTAÇÃO ?POIS A SUA PRIMEIRA FILHA VC AMAMENTOU POR VÁRIOS MESES NÉ?

A Ester mamou até um ano e um mês e só parei porque fiquei doente. A Sofia eu quero amamentar enquanto tiver saúde para isso. Para mim, a mulher que não amamenta não experimenta o sentido pleno da maternidade. A importância do aleitamento não está apenas no valor nutricional (até hoje nenhum laboratório conseguiu criar um alimento tão rico em nutrientes como o leite de uma mãe), é um momento mágico entre mãe e filho. Pensar que o meu sangue se transforma em alimento para minha filha me faz sentir uma mulher super poderosa. Existem muitos benefícios da amamentação comprovados cientificamente, mas para mim, nenhum é tão importante quanto o estreitamento dos laços maternais. Parece que cada vez que eu paro para dar de mamar estou amando um pouco mais. De tudo em ter bebês, quando minhas filhas crescerem, amamentar é o que eu vou sentir mais saudade.

Qual é a receita para conciliar o cargo de repórter, mãe de duas meninas de diferença mínima de idade e casamento ?

É claro que não é fácil. Em cada momento acabo priorizando uma função em razão de outra. Mas acho que todas nós mulheres nascemos com esse dom de saber assumir vários papeis na sociedade, ao mesmo tempo. Além disso, em casa conto com um suporte familiar sólido. Tenho a ajuda e a compreensão do meu esposo, principalmente quando trabalho em eventos especiais, em dias que a maioria das mães está em casa com suas famílias. Ele entende as abdicações que a minha profissão exige.

AGORA FALANDO UM POUCO DE VC COMO MULHER!!!

Você Quando está no trabalho, consegue se desligar totalmente da função de mãe? passa uma imagem de austeridade. Como é a Raquel como mulher?

Sou bastante centrada, e concentrada também, nas atividades que desenvolvo. Mas como qualquer outra mulher de carne e osso, não consigo fazer “aquela matéria” se estiver preocupada com uma das minhas filhas doente, por exemplo. É claro que busco separar as coisas, mas, dependendo da situação, o coração de mãe fala mais fala mais alto. Às vezes, também, dependendo da matéria, fico imaginando: “e se fossem minhas filhas, e se fosse eu”. Gosto dessa empatia para entender melhor as pessoas, porque só assim consigo transmitir a informação como deve ser e atinjo o mais importante: cresço como ser humano.

Como mulher sou exigente. Em casa e no trabalho. Os homens que convivem comigo no dia-a-dia que o digam - Gustavo, Pastor Carlos, Lucas e Anderson. Tenho TPM como a maioria das mulheres, gosto de ser paparicada sim, de que percebam quando mudo o corte do cabelo ou até mesmo quando faço uma produção a mais no visual. E apesar da imagem de seriedade que o trabalho exige (uma vez uma telespectadora que esteve na emissora para nos conhecer disse espantada “nossa, vocês brincam, eu imaginava vocês tão diferentes”), gosto de sentar todos os dias pela manhã para tomar café com meus colegas e jogar um pouco de conversa fora em nosso “momento besteirol”. A gente só encara a seriedade do dia depois de dar algumas risadas. Fora da televisão gosto de cantar, dançar, contar histórias para a Ester, ler e escrever (acho que algum dia quero ser escritora).

Acredita que, por ser casada, mãe de duas filhas, sua imagem intimida?

Acho que talvez isso influencie um pouco na imagem que as pessoas constroem a meu respeito. Apesar de serem dois mundos muito distintos as coisas se confundem. Até porque eu sou a repórter na TV, fora eu sou mesmo a mãe, a esposa, a dona de casa, a mulher, mas ainda assim sou eu (confuso né!). Minhas atitudes fora da imprensa refletem no meu trabalho também e isso de levar uma vida com seriedade faz com que meu trabalho também seja encarado com outro olhar: daí a intimidação em alguns casos.

Seu trabalho requer uma aparência impecável. Que cuidados tem normalmente?

Compro muitos cremes para a pele, mas não uso nenhum deles. Sou bem descuidada nesse aspecto. Tive a graça de nascer com a genética magra, cabelo liso, pele com oleosidade controlada e unhas alongadas. Uso sempre bons produtos no cabelo: shampoo, condicionador, máscaras de hidratação e fluído com proteção solar. Também gosto de lavar o cabelo no salão e fazer escova, sem muito exagero para não danificar os fios. Sou um pouco enjoada para maquiagem porque uso todos os dias e não dá para arriscar com produtos que podem prejudicar a pele.

Você se acha uma mulher bonita?

Depende do dia. Sou uma mulher de fases. Mas uma coisa é certa, não sou um mulherão de parar o trânsito como as minhas irmãs, por exemplo. Mesmo assim sou satisfeita com minha aparência, principalmente quando dizem que tenho carinha de 15 anos. Acho que sou normal e tenho todos os defeitos que qualquer mulher de verdade tem, assim como também tenho atributos que me são peculiares. Eu costumo dizer sempre que entre ser lembrada como uma mulher bonita ou uma mulher inteligente, eu prefiro a segunda opção. A beleza se transforma com os anos e por fim vai para debaixo da terra, mas, aquilo que fazemos e pensamos, pode ficar para a posteridade.

Como se imagina aos 50 anos?

Gordinhaaa!!!! (Meu sonho é algum dia ter um pneuzinho que seja na barriga). Quero envelhecer com saúde, mas quero ter rugas, cabelo branco, engordar (tudo na medida), ser avó coruja. Só não quero perder a vontade de fazer coisas novas todos os dias. Na adolescência eu dizia para minha mãe que eu não tinha nascido para ser dona de casa e mãe. E hoje posso não ser uma dona de casa muito dedicada, mas me supero como mãe. Talvez, a vida me reserve coisas que nunca me imaginei fazendo, mas quando elas vierem, vou encarar como tudo o mais na minha trajetória: vivendo um dia de cada vez.

Gosta de manter sua privacidade preservada?

Existem casos e casos. Há coisas que são para ficar apenas no seio familiar. Outras, não causam dano algum ao serem divulgadas. Eu gosto de compartilhar minhas experiências porque acredito que elas podem servir para alguém.

Vocês conheceram um pouquinho mais da nossa querida Raquel como mãe,mulher e reporter.Ninguém melhor para ser homenageada do que "Esta pequena notavel",como costumamos chamar ela aqui na Redetv.

Mas ela tem um grande talento e é uma grande reporter , não poderíamos deixar passar em branco e nós desejamos um feliz dia das mães á você, pelo seu carater e sua competencia

Um comentário:

  1. obrigada pela parte que me toca...¨"não sou um mulherão de parar o trânsito como as minhas irmãs"...ti amo!!!

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