quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cavalgada Sertaneja: uma lição de respeito à diversidade Cultural































A 2ª Cavalgada Sertaneja se confirmou como grande sucesso regional. Considerada única no Mato Grosso, a festa, que ocorreu nos dias 23 e 24, comemorou o Dia da Família do Campo. Baile, café da manhã corporativo, missa, almoço, e 25 quilômetros de trajeto, fizeram parte do evento.
No sábado, 23, o baile de abertura da festa reuniu mais de quatro mil pessoas no Ginásio Poliesportivo de Nova Alvorada. O espaço passa por reformas pela primeira vez e foi preparado exclusivamente para a Cavalgada.
O ginásio vai receber o nome de Gercino Rodrigues de Souza. O baile contou com a presença do Secretário de Estado de Esportes, Antônio Azambuja, que destinou a emenda para a reforma. A animação da festa ficou por conta de Solano Dias, Luciano França e Banda Sux Full.
No domingo, 24, a programação começou cedo. Junto com o nascer do sol, os cavaleiros começaram a preparar seus animais. Antes da partida, um café da manhã comunitário, servido através das doações do que é produzido no campo. “Contamos com o apoio de muitos produtores, que não mediram esforços para nos ajudar não só no ato de servir o café, como em toda a realização da festa”, explicou o prefeito Marcelo Beduschi.
Depois do café, a missa, conduzida pelo Frei Airton, emocionou e encantou aos peões e a todos os que acompanharam a celebração. Os cavalos só partiram depois da benção especial, evocada pelo Frei.
Na estrada, que liga o Distrito de Nova Alvorada a Comodoro, mais de 300 animais, rigorosamente organizados, foram seguidos por motos e carros de quem, mesmo não montando, participou da festa. A comitiva Espora de Ouro, formada por produtores de Nova Alvorada, abriu o desfile do início ao fim.
Outras 18 comitivas seguiram a cavalgada. Nova Alvorada, além de ter a maior comitiva, Espora de Ouro, com quase 50 cavalos, contou ainda com a Pura Adrenalina, com outros 15 animais. Nois trupica mais não cai, Bala de Prata, Rochedo, Laço Mineiro, Terra Crua, Os Interverados, Novo Tempo, Comodoro, Santo Antônio do Cabixi (representando Macuquinho e Padronal pela primeira vez), Manda Rozeta, Caça Cachaça, Os que Sobra e As Bandida representaram as muitas glebas e a cidade de Comodoro. Além destes, grupos de Campos de Julio e de Nova Lacerda marcaram presença. Um grupo de Bacurizau, de Nova Lacerda, compareceu com bois de montaria, que marcharam a frente das comitivas.
No caminho, uma pausa para reabastecer a força dos cavaleiros. O almoço servido na Chácara Olho d’Água reuniu mais de 600 pessoas. E mesmo na hora da alimentação não faltou música. A dupla Rodrigo e Junior levou o público a dançar enquanto aguardava o retorno à estrada.
Em Comodoro, as comitivas percorreram todos os bairros, mostrando a força que vem o campo. Cerca de mais 10 quilômetros foram percorridos dentro do perímetro urbano, totalizando aproximados 25 quilômetros de trajeto total.
O desfile só terminou no Parque de Exposições, com o pronunciamento de agradecimentos do vereador José João Fernandes, representando a Câmara de Vereadores, e do prefeito Marcelo Beduschi, que cavalgou todo o trajeto, acompanhado pela primeira-dama, Ana Maria Fernandes Beduschi e pelos filhos. Ao terminar de falar, o prefeito fez questão de pegar na mãe de cada um dos cavaleiros, organizados em círculo, e agradecer pessoalmente a participação no evento.
A festa só terminou com o show de Ouro e Preto e Boiadeiro e de Cecília e Fernando. A Praça dos Pioneiros ficou pequena para o público, que dançou e cantou os sucessos sertanejos até as 23 horas.


Participar deste evento me fez ver que conhecer uma cultura divergente daquela em que fui ensinada não é tão difícil quanto me parecia. O conhecimento conduz ao respeito. E o respeito produz admiração. Isso é o que sinto hoje por Comodoro. Me orgulho por fazer parte desta cidade e ter a oportunidade de imprimir na comunidade a minha marca, e acrescentar aos meus conceitos, impressões tão fortes desse povo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ligo ou não... ligo?

Em um dos meus dilemas existenciais me deparei, outro dia com a grande dúvida ligo ou não ligo?
Toda mulher que se preze já passou por esse dilema alguma vez na vida. Dilema de estar com muita vontade de ligar para ele e não poder. As histórias variam mas acabam sempre no mesmo lugar: o telefone.
Mulher adora um telefone (você não?), isso todo mundo sabe. E a maioria dos homens, detesta (ah, isso você também não sabia?).
Nesse meu dilema, acabei me deparando com o texto de um blog feminino, bastante interessante:

"Ao longo da vida tenho ouvido algumas histórias curiosas em relação a isso e resolvi compartilhar com vocês.

AMOR, TÔ COM SAUDADES!
Eles já namoram há mais de um ano. Eles se gostam, são felizes. Tem por volta de 25 a 35 anos. (Não, não estou contando a minha história, ainda, rs) Só tem um problema: ela liga o tempo todo pra ele. Liga e diz: amor, to com saudades. Ele responde de maneira educada: eu também. Ai daqui a 5 minutos ela liga de novo: ai amor, to com tanta saudade. Até que um dia ele se estressou: não me liga o tempo todo, por favor, assim não dá nem tempo de sentir saudade. Eu não gosto de falar no telefone. Para com essa mania. A menina desandou a chorar, claro. Ela liga uma vez pro celular, ele não atende. Ai ela liga pro telefone da sala, a mãe dele atende e diz que ele está no banheiro. Aí ela liga pro telefone da cozinha, a mãe já atende com raiva. Não satisfeita, ela liga novamente pro celular dele. Ai você deve estar pensando: nossa, ela tinha algo muito sério pra falar com ele, não é? Tinha sim: amor, to com tanta saudade....


NA CADEIRA DA DENTISTA
Hoje de manhã fui ao dentista. Estou lá sentada, com a boca aberta, sem poder falar, o que pra mim é uma tortura, vocês bem podem imaginar, quando a minha dentista começa a contar pra secretária sobre a sua festa de aniversário, sobre o namorado, sobre o candidato a namorado, sobre as respectivas sogras... até que ela fala: EU NÃO VOU MAIS LIGAR. Aquilo apitou na minha cabeça quase que como uma sirene do corpo de bombeiros. Parem as máquinas. Esta mulher tem 43 anos e ainda vive esse tipo de neura. E eu sem poder falar nada. Ai que agonia! Mas aí fiquei ouvindo e fui ficando cada vez mais impressionada. O problema não está na idade, nem na maturidade. Está no conflito de gêneros mesmo. Mulheres e homens falam línguas distintas e independente da época da sua vida vai ser sempre difícil entrarem em sintonia.

E eu achando que com o passar dos anos meus problemas estariam solucionados.. Tsc tsc tsc

Quando ia saindo não resisti e comentei: Nossa, fiquei meio impressionada com a sua história. Realmente não tem essa de idade para esse tipo de crise né?

Aí ela me responde: Não tem mesmo. Conheço uma senhora de 80 anos que se casou há alguns meses que estava passando pelo mesmo problema.

Depois dessa... só arrancando o fio da parede! rs"

Se depois dessa você ficou com vontade de ligar pra ele, ligue pra amiga, ligue a TV, ligue o chuveiro, ligue o videogame, ligue o que quiser, mas se ligue!!!!!

Ah! Quer saber se eu liguei? Não resisti...

domingo, 10 de julho de 2011

Nem só de pão vive o homem

Se eu tivesse fome e fosse obrigada a mendigar, não pedia apenas pão. Pediria pão e um livro. É uma questão de lógica que todos os homens tenham alimento, que comam. Melhor ainda se todos pudessem ter acesso ao saber. Bom mesmo seria se todo homem gozasse não só do prazer em alimentar seu corpo físico, a matéria, mas, também seu espírito carente de conhecimento.

Ouve-se, todos os dias, sob holofotes da mídia que direciona os olhos do mundo, falar em mudanças estruturais econômicas. Quando se argumenta em defesa das reivindicações para diminuir as desigualdades sociais, fala-se apenas em poder econômico, sem jamais ressaltar a democratização da cultura, aliás, o que a necessidade humana pede aos gritos. Gritante é essa desigualdade cultural, que transforma suas vítimas em máquinas a serviço do Estado, escravos da organização social onde estão inseridas.

É triste a cena de uma mão estendida à espera pelo pão que não vem. Mais triste ainda, é presenciar manifestações de indivíduos que desejam o saber, mas não o podem. A fome se aplaca com um pão, mas a sede de conhecimento só pode ser sanada diante de livros, muitos livros.

Fiódor Dostoiévski, líder político russo e um dos mestres da literatura universal, na ocasião de sua prisão em uma fortaleza na Sibéria, (onde passou 10 anos enclausurado, sendo obrigado a fazer trabalhos forçados, como lidar com a extração de minérios), fez um estranho pedido em carta a sua família. Seu pedido capta a essência da necessidade humana.

Em meio ao frio, o líder poderia ter pedido fogo para aquecê-lo, mas não o fez. Com sede, não pediu água. “Enviem-me livros, livros, muitos livros, para que minha alma não morra!”, foi o pedido de Dostoiévski.

O pedido de socorro do revolucionário russo era para que lhe abrissem horizontes, escadas para subir ao ápice do espírito e do coração. Ele já havia entendido, na época, o que anos depois o mundo ainda não compreendeu: o desconforto provocado por fome, sede, frio, dura pouco, mas a agonia de uma alma sedente perdura por toda a vida.

Cultura. Esse é o caminho para as mudanças tão almejadas e amplamente discutidas em diversas esferas sociais. Somente através dela pode-se encontrar os mecanismos capazes de solucionar as dificuldades que hoje assolam a humanidade.